Perguntação
Por que é que essas minhas entranhas inconfidentes me obrigam a ser?
Que boca é essa que me devora e estranhamente me alimenta?
Que gume é esse que me amputa e me rebenta mil tentáculos?
Que cio clandestino é esse que me engole e me excita?
Que crateras são essas que me vomitam pra dentro de mim?
E meu sono intranquilo é pra pulsar?
Feito uma castanha indômita, trancafio o tenro
Iridesço nos meus subterrâneos
Da minha grande sufocação, auroresço
Da fome da noite, a manhã
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