Chuvinha
Meu silêncio tem tímpanos pulsantes que captam o inaudito, ouço latências
Esse silêncio entremeado às gotas de chuva lá fora
Acho que chove em meu dentro
A poesia, às vezes, é feita de chuva
Que me lava no avesso, me afaga as curvaturas, me acarinha as contraturas
E essa solidão feita de chuva, tilintando no asfalto, também rompe a sede da terra
Que cheiro bom de terra molhada
cheiro de semente germinada
cheiro de mãos entrelaçadas
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